Muitas pessoas se tornam cegas, surdas e críticas quando sofrem desfeitas na vida, não param para analisar o que o fato poderá transformar o seu interior apertado, orgulhoso e até impecável, no entanto a vida exige ,de quem sofre este tipo de angústia , uma nova postura de viver, muitas vezes mais humilde, mais equilíbrio, mais serenidade e ainda sentir pelo ofensor a compaixão de quem desconhece a realidade e o retorno da vida.
Retorno da vida deve ser honrado e sincero, aquele que faz algo por medo ou pelo social, isto é não tem opinião, são os outros quem decidem, fatalmente também sofrerá uma desfeita pois sempre haverá alguém aproveitador que exigirá cada vez mais.
Superar desfeitas não é fácil, é um exercício de equilíbrio e paz na vida, mas também um espelho muito atraente para quem quer reagir e atacar o seu ofensor, no entanto a sua defesa não é o ataque e sim uma defesa de classe, somente almas nobres se defendem com classe, cada caso uma maneira diferente, mas não é destruindo ou afogando o outro com outras desfeitas ou com a força que resulta em violência moral ou física, muitas vezes o uso correto da palavra ou mesmo o silêncio descarta a estupidez e a desonra, assim seja uma alma nobre escolha a sua defesa sem destruir, a vida recompensará quem escolhe a melhor saída, a recompensa é o estímulo do tempo, e o outro, o agressor receberá o desgaste e o pouco caso da vida, será um ponto obscuro na rua, enquanto que aquele que escolheu a defesa sensata e superou a desfeita com o tempo, poderá perceber que receberá uma rua ampla, azul e colherá as flores que o outro destruiu com as pedras que atirou, infeliz é aquele que perdeu o rumo da vida e na intriga ou na desfeita machucou quem não mereceu, mas ensinou que a posição de firmeza precisa superar as portas abertas, ser firme é ser generoso e cauteloso, assim superar desfeitas é questão de tempo e de caráter.
Dra. Miriam Zelikowski
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